EU ODEIO O NATAL!

Não existe nada mais chato que natal. Passei a pensar desta forma quando entendi que não se passava de algo burocrático e hipócrita. Este ano passei a odiar mais ainda pois perdi dois sábados na função de achar presentes para as pessoas que eu gosto.
Não que elas não mereçam, mas o problema é que não é um presente espontâneo, é imposto. Tive que sair a procura de objetos que talvez agradacem a essas pessoas e como sempre o dinheiro que eu tinha disponível não era suficiente para comprar o que eu realmente achava que elas deveriam ganhar.
Além disso tudo, o natal passou a ser uma data comemorativa muito triste na minha família a partir de 1988, data em que meu pai morreu. Tudo ficou diferente. Deixei de ser criança junto com minhas irmãs mais novas. A ceia do dia 24 mudou para almoço do dia 25. Minha avó não sente mais alegria de preparar uma festa que relembra o nascimento de uma pessoa, pois o que ela lembra é exatamente ao contrário, a tristeza de relembrar do filho querido que ela perdeu em seus braços. As lágrimas rolam há 14 anos e a nostalgia sempre está presente e neste ana nada será diferente.