20.1.04


Vale do Anhangabaú, com Viaduto Santa Efigênia e prédio dos Correios ao fundo



Teatro Municipal e Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú


Não se sabe ao certo quando o Vale do Anhangabaú foi fundado e para mim este é o lugar mais bonito da cidade. Os primeiros registros mostram que, em 1751, o governo estava preocupado com um vale aberto por Tomé Castro, na região entre o rio e um lugar onde se tratava a água, chamado "Nhagabaí".

Até 1822 a região não passava de uma chácara pertencente ao Barão de Itapetininga (depois da Baronesa de Itu), onde se vendia agrião e chá. Lá, os moradores precisavam atravessar a Ponte do Lorena para chegar do outro lado do morro, dividido pelo rio. Como esse caminho era muito tortuoso, foi transformado em rua em 1855, era a Rua Formosa.

Por volta de 1877, começou a que pode ser considerada "urbanização" da área - com a idealização do Viaduto do Chá (inaugurado somente em 1892) - a subseqüente desapropriação de chácaras no local e o projeto do engenheiro Alexandre Ferguson de construir 33 prédios de cada lado do vale para serem alugados.


* O nome Anhangabaú tem várias possíveis origens e alguns significados diferentes:

- Anhanga: o mesmo que anhã. Gonçalves Dias escreveu Anhangá, talvez por necessidade do verso;

- Anhangaba: diabrura, malefício, ação do diabo ou feitiço;

- Anhangabahú: anhangaba-y, rio do malefício da diabrura, do feitiço;

- Anhangabahy: o mesmo que anhanga-y, rio ou água do mau espírito.

* No século XVII, as águas do Anhangabaú eram usadas para as necessidades caseiras: lavar roupas e objetos e até mesmo tomar banho. O rio hoje está canalizado mas suas nascentes estão ao ar livre, entre a Vila Mariana e o Paraíso, desaguando no Tamanduateí.

Depois de muito tempo de total descuido, em 1910, foi feito o ajardinamento do Vale do Anhangabaú, resultando na formação do Parque do Anhangabaú. Ele foi reformulado na primeira gestão do prefeito Prestes Maia(1938–1945), com a criação de ligações subterrâneas à Praça Ramos de Azevedo e a Praça Patriarca. Esta última passagem é hoje conhecida como Galeria Prestes Maia.

Nenhum comentário: