VISÃO ALÉM DO ALCANCE!
Após seis anos de reclusão Tarantino saiu da toca. Confesso que ainda estou digerindo Kill Bill, seu último filme e como a primeira impressão é a que fica eu diria que adorei!
Fui à sessão de Kill Bill ontem no Frei Caneca e num primeiro momento me espantei pela ausência de filas, tanto na bilheteria quanto na entrada da sala. Pensei em várias coisas: “Será que o filme não despertou tanto o interesse do público com o eu imaginava?”, “ Será que todo mundo entrou rapidinho para pegar o melhor lugar na platéia?”. Por incrível que pareça a sala estava bem mais vazia do que eu imaginava. Por um lado isso foi ótimo!!!
Estou aqui a pensar, desde o momento que abri os olhos hoje de manhã nas cenas e na trama que vi ontem e até sonhei que era uma samurai ao estilo Uma Thurman!
Não havia lido nenhuma crítica e não sabia ao certo o que me esperava. Já tinha ouvido muitos elogios e até algumas indefinições sobre o longa. A trama como todos sabem envolve lutas, sangue, violência, mulheres... Sim, o filme tem muito sangue (foram utilizados 450 litros), muitas cabeças e braços decepados (que arrancam da platéia muitas gargalhadas). Sem contar que tem muita música boa, o que era de se esperar.
Mas resumindo, Tarantino faz jus ao seu estilo de cinema. Assim como das outras vezes prova sua visão além do alcance. O diretor inova, rompe barreiras e utiliza diversas linguagens para compor seu trabalho. Tudo isso pela música, pela câmera, pelo roteiro (como sempre fragmentado), pelos desenhos, pela homenagem as artes marciais ou pela representação do poder das mulheres.
O maior problema???? O final surpreendente. Impossível não sair do cinema com gostinho de quero mais...
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