Ainda sobre transgênicos.
Na faculdade, em aulas sobre socialogia ambiental, ministradas pela professora Mary Jane, ex- presidente do Greenpeace no Brasil e convidada a participar na área de meio ambiente no governo Lula, travamos várias discussões sobre os alimentos transgênicos e fiquei um pouco mais "esclarecida" sobre o assunto. Os engenheiros agrônomos são defensores ferozes da modificação genética e para eles as sementes modificadas são o ouro ($$) das plantações. Alegam, como o engenheiro da EMBRAPA, na matéria abaixo, que não há mal nenhum em consumí-las. As pesquisas, como afirma o professor da Universidade Federal Gaúcha ainda não comprovam a afirmação do engenheiro. Dizem os ambientalistas que os produtos geneticamente modificados podem causar cancêr, desenvolver novas doenças ou fazer com que estas se tornem ainda mais resistentes aos remédios que utilizamos. Sabe-se que muitas enfermidades com manipulação de antibióticos e antiinflamatórios não respondem ao tratamento, fazendo desta forma que as dosagens sejam cada vez mais pesadas. Fico pensando se o aumento de cancêr nos últimos anos não tenha ligação com estes fatores. Se no Brasil a soja modificada já existe há 5 anos, como descobriremos se outros produtos como os da indústria de embutidos, que produzem salsichas, presunto e outros, também não tem componentes modificados? Nos EUA é liberado e importamos alimentos como milho e ervilha que são vendidos nas prateleiras de supermercados.
Sobre a afirmação do agricultor gaúcho, que diz que plantar transgênicos é mais barato e que são mais resistente as pragas, há talvez uma das maiores polêmicas. Os grãos sem modificações são destruídos pelas pragas, porque criaram resistência as super dosagens de inseticidas; já se adaptaram aos seus agentes. Isso significa que as novas sementes necessitam de novos produtos para resistirem as pragas, movimentando assim uma cadeia econômica mostruosa (dos laboratórios por exemplo) e formam também um ciclo, pois quanto mais os produtos são utilizados, mais as pragas criam resistência e isso vai tomando rumos catastróficos e nós seres mortais ingerindo cada vez mais veneno. Uma industria brasileira (Mon Santo), vende as sementes aos agricultores e os obrigam a comprar seus inseticidas, pois alegam uma melhor eficácia do produto. Durante as aulas fiquei sabendo que esta empresa tinha parceria com o Governo (na época o de FHC) no financimento agrícola, ou seJa, os pequenos produtores não tinham opção, eram obrigados a comprar tal pacote. Algo do tipo: precisa de dinheiro para comprar o trator, mas era obrigado a comprar o trator, as sementes e os pesticidas.
Além de tudo isso, não podemos esquecer que a soja é o produto mais exportado do nosso país e que como a matéria abaixo também cita, na Europa e em alguns países asiáticos os produtos modificados não são aceitos. O Brasil já tem prejuízo demais e espero que a Justiça (que foi encarregada de tomar uma decisão), o governo e as entidades ligadas ao meio ambiente/agrícola levem em consideração a saúde, o bem estar, os produtores e acima de tudo nosso meio ambiente.
É necessário incentivo a pesquisa para que possamos descobrir quais os reais efeitos colaterais destes "novos" produtos, o que leva segundo a professora de 5 a 10 anos para nos dizer ao certo as consequências. Antes disto estamos correndo riscos.
7.3.03
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário