30.5.03
28.5.03
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Na capa da Ilustrada de hoje, há um matéria sobre a nova empresa de medição de audiência do país, o Datanexus, do cientista político Carlos Novaes. A publicação do jornal coloca em questão a diferença de índices entre o IBOPE (Rede Globo) e o novo medidor (SBT). A Folha conseguiu com exclusividade o relatório do novo instituto, referente a primeira quinzena de maio. Arruinando o monopólio do IBOPE, o novo medidor de audiência confirma a liderança da Rede Globo mas, mostra que em certos horários há diferenças de até 6 pontos percentuais (mais que a audiência de Record, a terceira rede do país) entre um orgão e outro. (Me fez lembrar a dança dos números nas pesquisas de inteção de voto no ano passado).
Mas a polêmica em relação a audiência pode parar por aqui. Fui curiosamente visitar o site da Datanexus e lá estava uma carta do presidente do Instituto, datada de 27/05/03, às 19h30, informando que o NOVO ÍNDICE DE AUDIÊNCIA NÃO SERÁ MAIS LANÇADO. Na carta de explicação, o presidente diz que houve desentendimentos entre ele e Silvio Santos: "primeiro, sobre a autonomia do instituto e, depois, sobre a propriedade da marca que seria gerada pelo novo índice inviabilizam o anunciado lançamento do novo processo de medição de audiência de televisão. Se quiser confira aqui a carta completa!
Já se sabe que Silvio faz o que bem entende na programação de sua emissora, algo como na musiquinha de cantiga de roda: tira, põe, deixa ficar... e desta vez encontrou um osso durinho de roer!
A Folha só errou em não ter checado se o lançamento seria mesmo hoje, já que na matéria ela ouviu os dois lados da moeda. Desse jeito deu a impressão que a matéria estava pronta havia um tempo! No UOL, há uma matéria (de ontem às 20h30) sobre o comunicado de Novaes, provavelmente a edição do jornal já estava mesmo fechada!
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Na capa da Ilustrada de hoje, há um matéria sobre a nova empresa de medição de audiência do país, o Datanexus, do cientista político Carlos Novaes. A publicação do jornal coloca em questão a diferença de índices entre o IBOPE (Rede Globo) e o novo medidor (SBT). A Folha conseguiu com exclusividade o relatório do novo instituto, referente a primeira quinzena de maio. Arruinando o monopólio do IBOPE, o novo medidor de audiência confirma a liderança da Rede Globo mas, mostra que em certos horários há diferenças de até 6 pontos percentuais (mais que a audiência de Record, a terceira rede do país) entre um orgão e outro. (Me fez lembrar a dança dos números nas pesquisas de inteção de voto no ano passado).
Mas a polêmica em relação a audiência pode parar por aqui. Fui curiosamente visitar o site da Datanexus e lá estava uma carta do presidente do Instituto, datada de 27/05/03, às 19h30, informando que o NOVO ÍNDICE DE AUDIÊNCIA NÃO SERÁ MAIS LANÇADO. Na carta de explicação, o presidente diz que houve desentendimentos entre ele e Silvio Santos: "primeiro, sobre a autonomia do instituto e, depois, sobre a propriedade da marca que seria gerada pelo novo índice inviabilizam o anunciado lançamento do novo processo de medição de audiência de televisão. Se quiser confira aqui a carta completa!
Já se sabe que Silvio faz o que bem entende na programação de sua emissora, algo como na musiquinha de cantiga de roda: tira, põe, deixa ficar... e desta vez encontrou um osso durinho de roer!
A Folha só errou em não ter checado se o lançamento seria mesmo hoje, já que na matéria ela ouviu os dois lados da moeda. Desse jeito deu a impressão que a matéria estava pronta havia um tempo! No UOL, há uma matéria (de ontem às 20h30) sobre o comunicado de Novaes, provavelmente a edição do jornal já estava mesmo fechada!
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27.5.03
Reverência ao Destino - Carlos Drummond de Andrade
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata
26.5.03
23.5.03
Adequado para o momento...
Virgem - Sua previsão para hoje
A lua em sextil com Mercúrio indica que pode haver situações no seu dia onde seja necessário você encarar sua rotina de uma maneira diferente e mágica. Dica do dia: É bom dar uma parada para fazer um balanço do que fez e conquistou até agora. Procure fazer isso hoje.
Virgem - Sua previsão para hoje
A lua em sextil com Mercúrio indica que pode haver situações no seu dia onde seja necessário você encarar sua rotina de uma maneira diferente e mágica. Dica do dia: É bom dar uma parada para fazer um balanço do que fez e conquistou até agora. Procure fazer isso hoje.
22.5.03
16.5.03
Fui na quarta-feira assistir ao filme Bicicletas em Pequim e quando o filme chegou ao final me senti extremamente irritada. Entendo o porque da irritação mas não é disso que quero falar nas linhas abaixo.
Não pretendo aqui contar o filme e sim apontar alguns fatos que me fizeram relembrar do passado, como relembrar da sensação de pedalar ao ar livro em uma bicicleta (como faz tempo que não sinto isso e como é bom), ou mesmo refeltir sobre alguns temas. A película retrata a vida de um rapaz do interior da china, recém chegado a Pequim, que arranja um emprego numa empresa de entregas rápidas com bicicletas. A empresa dava a bicicleta ao funcionáro, que teria de paga-lá com o suor do seu trabalho. Um dia antes da quitação de tal objeto, roubam a magrela do chineisinho e é aí que o filme realmente começa. Paralelamente ao caipirinha chinês, há a história de um outro adolescente, estudante, filho de pessoas simples. Seu sonho de consumo é uma bicicleta. Alías ela é um meio de tranposte importantíssmo na China e o contraste delas no meio dos carros é impactante. São muitas e cruzam por todos os lados e mãos. Algo bagunçado. Fiquei imaginando o caos que deve ser o trânsito da cidade.
Algumas reflexões sobre o filme:
*valorização de objetos conquistados com o próprio suor (no caso do filme a importância que a bicicleta tinha para o caipira);
*importância para um adolescente de possuir objetos iguais aos de seus amigos para que possa sentir-se membro da turma, imbutido nisso pode-se pensar na questão da competição. (por exemplo, minha bicicleta pode ser melhor que a sua);
*Revolta e indiganação, sensação de inferioridade, que pode resultar em problemas familiares, pq. vc é o mais pobre da turma e não pode ter as mesmas coisas que seus amigos;
*a questão da palavra. quando criança/adolescentes acreditamos nos adultos e esperamos que eles cumpram suas palavras, mas eles não as cumprem e assim nos ensinam desde cedo a não cumprirmos a nossa;
*os meninos necessitam da agressão física para resolver problemas;
*absurda e real a ingenuidade e submissão que os "caipiras" tem em relação aos moradores de metrópoles e como estes são prepotentes e arrogantes. (Talvez tenha sentido alguma semelhança no início de minha vida aqui em Sampa).
Não pretendo aqui contar o filme e sim apontar alguns fatos que me fizeram relembrar do passado, como relembrar da sensação de pedalar ao ar livro em uma bicicleta (como faz tempo que não sinto isso e como é bom), ou mesmo refeltir sobre alguns temas. A película retrata a vida de um rapaz do interior da china, recém chegado a Pequim, que arranja um emprego numa empresa de entregas rápidas com bicicletas. A empresa dava a bicicleta ao funcionáro, que teria de paga-lá com o suor do seu trabalho. Um dia antes da quitação de tal objeto, roubam a magrela do chineisinho e é aí que o filme realmente começa. Paralelamente ao caipirinha chinês, há a história de um outro adolescente, estudante, filho de pessoas simples. Seu sonho de consumo é uma bicicleta. Alías ela é um meio de tranposte importantíssmo na China e o contraste delas no meio dos carros é impactante. São muitas e cruzam por todos os lados e mãos. Algo bagunçado. Fiquei imaginando o caos que deve ser o trânsito da cidade.
Algumas reflexões sobre o filme:
*valorização de objetos conquistados com o próprio suor (no caso do filme a importância que a bicicleta tinha para o caipira);
*importância para um adolescente de possuir objetos iguais aos de seus amigos para que possa sentir-se membro da turma, imbutido nisso pode-se pensar na questão da competição. (por exemplo, minha bicicleta pode ser melhor que a sua);
*Revolta e indiganação, sensação de inferioridade, que pode resultar em problemas familiares, pq. vc é o mais pobre da turma e não pode ter as mesmas coisas que seus amigos;
*a questão da palavra. quando criança/adolescentes acreditamos nos adultos e esperamos que eles cumpram suas palavras, mas eles não as cumprem e assim nos ensinam desde cedo a não cumprirmos a nossa;
*os meninos necessitam da agressão física para resolver problemas;
*absurda e real a ingenuidade e submissão que os "caipiras" tem em relação aos moradores de metrópoles e como estes são prepotentes e arrogantes. (Talvez tenha sentido alguma semelhança no início de minha vida aqui em Sampa).
15.5.03
Acabei de ver no UOL que morreu hoje, Raymundo Faoro, considerado um dos grandes pensadores do Brasil, autor do clássico da sociologia "Os Donos do Poder" (1958). Nas minhas últimas aulas sobre Instituições e Pensamento Político no Brasil usamos o livro Existe um Pensamento Político Brasileiro?, para entender o significado da Independência do Brasil e o impacto da "continuidade portuguesa".
14.5.03
O Calendário de Pensamento é um blog muito interessante. Ele é atualizado diariamente com citações e fotos de personalidades aniversariantes de cada dia. Entende-se como aniversariante por data de nascimento e morte. Ah, tem também um link para páginas que dão um detalhe sobre a vida e obra destas pessoas. As frases de Maquiavel eu tirei de lá. Convenhamos que é um trabalho e tanto (e na minha opinião muito bem feito)!
13.5.03
Eu quero...
O CORPO COMO OBJETO DE ARTE
Jamais o corpo foi tão exibido e interpretado ao mesmo tempo em que todo mundo concorda em dizer que ele é um enigma. Com a arte corporal e as performances artísticas, o corpo se faz obra viva. Esta obra não pretende tratar do corpo na pintura ou na escultura, mas das incidências da criação artística e da literatura sobre sua estética quotidiana.
Tem uma resenha muito legal do livre aqui
O CORPO COMO OBJETO DE ARTE
Jamais o corpo foi tão exibido e interpretado ao mesmo tempo em que todo mundo concorda em dizer que ele é um enigma. Com a arte corporal e as performances artísticas, o corpo se faz obra viva. Esta obra não pretende tratar do corpo na pintura ou na escultura, mas das incidências da criação artística e da literatura sobre sua estética quotidiana.
Tem uma resenha muito legal do livre aqui
12.5.03
3.5.03
"Sou muito pessimista e precisamos de mais pessimistas. Os otimistas querem que tudo continue como está. Os pessimistas acham que algo tem de mudar. Eu proponho a necessidade do pessimismo e que adotemos a sigla do meu partido (Partido Comunista Português) para criar o Partido do Cidadão Preocupado."
"A verdade é que o instinto dos animais defende melhor a vida do que a nossa razão que, pelo contrário, tem servido para dominar, humilhar, explorar o outro. É evidente que o mundo é violento, não há nada a fazer. Mas nós acrescentamos à violência a crueldade, que é uma invenção humana."
José Saramago
"A verdade é que o instinto dos animais defende melhor a vida do que a nossa razão que, pelo contrário, tem servido para dominar, humilhar, explorar o outro. É evidente que o mundo é violento, não há nada a fazer. Mas nós acrescentamos à violência a crueldade, que é uma invenção humana."
José Saramago
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